sexta-feira, 5 de setembro de 2008

em mim.....

Lembro o segundo em que junto à porta me abraçaste, o beijo que me deste e que não senti foi a fugir.... nunca mais te vi.... levaste contigo o meu chão, o que tinha de melhor - a esperança - julgava que o medo pertencia aos fracos, que tontinha.... o medo pertence-nos, nasce e cresce dentro de nós todos os dias - " entre a dor e o nada prefiro a dor " ( por medo do nada ) , estamos habituados a sofrer, é tão difícil ser feliz.... não me parece disparatado dizer que o amor e a morte são em tudo iguais, não podemos viver sem eles, o mistério da morte e do amor comandam os nossos dias, sabemos que existem e aguardamos o momento de os encontrar. Nos dias que se seguiam julguei que a qualquer instante encontrava a morte, fiquei nada sem ti fiquei medo e dor.... o sorriso.... o corpo, como as frutas num inverno rigoroso, queimaram com a geada da tua partida, era tão feliz, juro que não tinha medo.... hoje sei que o que tinha era nada, o amor não foge como um beijo, um amigo costuma dizer-me, " o cavalo branco passa uma vez " , aprendi o medo, a verdade da esperança e posso dizer-te - o medo mora em mim...

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