terça-feira, 26 de agosto de 2008

Descobrir o Ser Pinante!!!! ( ou não )


Para meu espanto, descobri que entre nós “ pululam “ esses seres que, segundo denominação da comunidade masculina ( em geral ) , se designam de seres Pinantes. Os seres Pinantes são criaturas difíceis de identificar de entre o “ povo normal “, em tudo se assemelham ao Homem. Seria muito mais fácil se usassem umas antenas ( fofinhas ) e se fossem verdes ( um bocado pindérico ) bem, dizia eu que os criaturos, são em muito parecidos com o normal, trabalham, dormem, comem e basicamente “ pinam “... sim “ pinam “ é essa a sua principal característica. Pinar é o equivalente ao acto de acasalar mas sem fins reprodutivos. Normalmente a malta faz o amor ( também o equivalente a acasalar sem fins reprodutivos, ou não ) e esforça-se ( ou não ) para manter o parceiro sexual, já um ser pinante que se preze, faz o amor e parte em busca de outra” pinadela “ .
Este ser, vive em comunhão com a natureza, estes belos mamíferos podem assumir a forma masculina ou feminina, o género sexual não é eliminatório no que diz respeito ao concurso para vaga de ser pinante, o que interessa mesmo é pinar e não trair o primeiro mandamento desta comunidade “ Só pinarás uma vez com certo e determinado parceiro “ , de resto tudo é permitido.
Segundo consta, podemos encontrar dois tipos de Ser Pinante: O Elegante e o Palerma , que por sua vez ainda se sub- dividem. O elegante é culto,charmoso tem um bom emprego e até pensa que tem princípios, por exemplo : não frequenta sítios onde se paga a “ pinadela “, têm paciência , um Visa e levam a parceira a jantar, conversam sobre comida, explicam que os pescadores quando apanham o Esturjão fêmea, se certificam que este tem uma morte pacifica, caso contrário, o bicho segrega uma substancia amarga que estraga os ovos ( as coisas que uma pessoa tem de ouvir ) ou seja, usam a técnica da sedução com muita sabedoria á mistura , já o Palerma, não diz nada que se aproveite, pensa que a “ Divina Comédia “ - a viagem de Dante Alighieri ao Inferno – é o novo filme Regresso ao Futuro versão terror e prefere pagar pela prestação de serviços ( mesmo sem recibo verde ), ou então optam pela técnica do Peru, conhecem uma labrega num bar enfrascam-na e depois então - A Pinadela.
Ainda dentro da espécie Elegante temos o sub- tipo Elegante Extremamente Enervante – EEE- ( novo rico ou cromo ) , que leva a presa a tomar Kopi Luwak ( o café mais caro do mundo, plantado na aldeia de Sumatra onde vivem nas árvores uns gatos selvagens que ingerem os grãos de café , defecam o grão e só depois é comercializado ) , quando o EEE descobre a origem do café temos a cena do vómito pelo nariz e lá se vai o charme ( ou o regresso ás origens ), este tipo de ser pinante faz ainda aquele comentário - “ sempre pensei que a maionese vinha de uma árvore “ .... ( sem comentários ) ...
Surge então o Palerma Xico Esperto – PXE – tem a mania que é pintas, come até cair para o lado, arrota e faz um biquinho por onde sai o ar de forma controlada com aquele bafo indescritível e pensa que é cliché em vez de chic, tenta conversar sobre o transcendente e pensa que a Teoria do Big Bang foi um atentado terrorista em Londres e que a Teoria do Universo Aleatório é uma estratégia para se jogar Monopólio, é amoroso e fala até sobre a velhice ( dando esperanças acerca de uma relação para durar ) , diz " amor um homem na velhice não se pode esquecer de três coisas , de ir á casa de banho, nunca desperdiçar uma erecção e nunca confiar num peido " ( perdoem-me a expressão ) ....
A nossa vida é uma cruz....

Enfim, espero ter contribuído com esta dissertação para uma maior facilidade na identificação desse “ granda “ mamífero que nos assola.... o Ser Pinante....

( continua )

sábado, 23 de agosto de 2008

a morte do artista!

Nunca fui fã desta expressão ( até porque adoro artistas ), mas agora sei que na realidade a sucessão de acontecimentos cómicos que tem sido essa coisa de vida amorosa e a forma de a descrever é de forma exacta A MORTE DO ARTISTA!
Nunca me tinha calhado, interpretamos os factos de milhentas maneiras mas neste momento, em que me sinto atropelada por uma auto-motora de um comboio regional, sim de um regional porque passa mais devagarinho e por isso mesmo mói mais, pisa lentamente ( a de um alfa pendular não me serve, passa tão depressa que nem se dá por ela, imagine-se a do TGV ), estava eu a dizer que ainda não tinha chegado a minha vez e agora que me deparo com a morte do artista interpreto o circo dos amores ( ou do amor depois do amor ) assim...... como o fim da linha ( outra vez a auto-motora ), calma que não penso suicidar-me, isso tenho eu feito repetidamente e com mestria, nos últimos tempos sinto-me o Bastinhas do suicídio, até parece que me vejo, montada num belo lusitano a cravar dois ferros no minúsculo espacinho que ainda existe no meu coração..... senhora que é senhora guarda tudo na carteira ( onde tudo se encontra ), pois na minha transporto o desfibrilhador que uso com alguma regularidade, é no mínimo deprimente ter que andar nesta vida de manobras de reanimação .
Não me digam que a malta com a idade aprende a fintar as asneiras ( já não digo a evita-las ) , ao contrário, quando não se tem nada a perder ( tipo.... já não há desfibrilhador que me salve ) a malta atira-se de cabeça, deixa de existir conexão intra- hemisférica e la vai a gente ( ainda por cima contentes ) cravar mais dois ferros onde deixou de haver espaço e perdemos mais uma nesguinha daquilo que já não se tem ganhando mais um ponto para a melhor marca pessoal no que diz respeito ao suicídio ( isto sem falar no coração que entretanto se assemelha a um porquinho da Índia morto na auto - estrada ) . Ficamos num estado de estupidez tão grande que pensamos não sobreviver, falta o apetite, o sono não vem, sugamos de dentro de nós todas as lágrimas ( qual aspirador industrial ) e sentimos que vamos morrer, um verdadeiro ataque de pânico ( mas mais soft ) , é a MORTE do ARTISTA , isto até nos prepararmos para a próxima tirada de inteligência e bom senso ( tudo o que representa a paixão ) que acaba sempre em atropelamento, vai daí, sai tourada, desfibrilhador e o bicho morto na auto - estrada.....

Resta-nos somente ( e já não é pouco ) esperar que o " porquinho da Índia " arrebite, que não se acabem os ferros curtos porque me parece que os atropelamentos vão continuar.... ninguém merece..........

foi amor........

Foi amor e não soubeste
a jura que não fizeste
num momento inacabado
os teus dedos sobre o braço
o meu corpo o teu regaço
foi amor alucinado

no momento em que deixaste
o meu fado e nao voltaste
fiquei nua do que sou
ouvi o coração rasgar
com as cordas sem tocar
a promessa que ficou

nos lençois dorme a verdade
só ela sabe a saudade
da guitarra que abracei
mesmo que sejas assim
um punhal tão fundo em mim
meu amor o que eu esperei

até eu não ser se não
passos de cinza que vão
onde ninguem os conhece
meu amor dá-me os teus dedos
que tranportam os segredos
deste sol que me anoitece

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

cartinhas deprimidas de amor.....

Bom dia ( será amor? serei amor ? )

Sinto a tua falta, a falta de ti quando ouvia " amor " ou " " quando o telefone toca espero sempre que sejas tu ".... Com tudo isto vem o vazio, o vazio da tua ausência ( será que alguma vez foi verdade ? ) .
Por vezes sonho que tudo é possível, eu para ti como és para mim, seria tão bom que os sonhos a cores ( os mais profundos ! ) , não fossem sonhos mas expectativas, momentos coloridos, reais.....

Bom dia meu amor, todos os dias, todos os cinco minutos, para sempre....
Um destes dias disseste " gosto de ti um bocadinho ", meu deus que estalo, lá se foi a caravela que viste junto ao mar, la se foi direitinha às rochas e lá se separou em mil bocadinhos, como as andorinhas quando chegam na primavera e não encontram o ninho....

Sinto-me a verdadeira terrorista, mulher bomba, capaz de oferecer o meu amor ao sacrifício da dor e tu, incapaz de accionar a bomba que nos lançaria ao selim do MEU cavalo branco. Que pena eu ser assim igual a tudo mas hoje tão diferente de nada, aquilo que julguei nada, tão igual a nada....
Talvez a chuva fora de época tenha levado para longe as lágrimas das minhas mãos na tua cara!
Realmente mesmo sem saber e talvez já soubesse que a ter-te nunca te tive...tão igual a tudo eu....
Sozinha sem te encontrar, " o teu olhar, onde tudo se resolve ( sempre ) na escuridão ", CARAMBA, quem me dera que a luz sempre luz, como se o dia sem fim e a noite para sempre luz!
" Com tão pouco se faz o mundo "e com tão pouco se destroi o céu, o mar que acredito, juntos vimos....tive a certeza que o céu era infinito, agora sei que sem ti, termina já ali junto à porta que ainda não abriste.
Alguém escreveu " costumava ama-la mas tive de a matar, sabia que sentiria saudades e guardei-a, está enterrada no quintal das minhas traseiras".... gostava que me guardasses, defunta mesmo assim, morta sem ti / depois de nós mais ninguém....
Perdoa a minha loucura infantil mas sabes, quando era criança brincava no milheiral, tinha um cão e uma bicicleta amarela, tinha até berlindes e medo de os perder, agora, com medo de perder tenho tão pouco.... foi-se o cão, a biciceta e por aqui só estrada, nada de espigas e medo de perder (não os berlindes ), mas aquilo que nunca tive e sei que existe ( sozinha não consigo ).
Diz a verdade meu amor, diz e eu aperto o detonador, regresso ao milheiral, ao cão e à bcicleta, aos berlindes a brilhar tão vivos e eu tão nada de sonho.....

Boa noite meu amor......

Ps: " com tão pouco se faz o mundo "